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Sissi - Resenha

Oi Povo, tudo bem?
Hoje vamos falar de “Sissi”, um livro que ganhamos da Editora Gutenberg no evento da Aliança de Blogueiros Literários do Rio de Janeiro. Antes, de começar a resenha em si preciso alertar que o livro não é um romance de época e sim um romance histórico. Vou explicar a diferença entre eles: No romance de época o autor usa como fundo a história, mas o foco é no romance dos personagens em si. Já no romance histórico o autor foca mais na história em si do que no romance do personagem.

Sissi é um apelido para Elisabeth, que teria tudo para ser uma mulher linda, livre, leve e solta. No entanto, nossa personagem principal não é qualquer mulher, Sissi é a imperatriz da Áustria-Hungria. Ela é conhecida por todos como a mulher mais linda do mundo, e sabe que talvez seja mesmo. Mas, lamentavelmente a beleza não vem junto da felicidade e sua mente vive num nevoeiro de infelicidade.
Começamos o livro em 1868 e acompanhamos a vida da personagem até 1894, conhecemos boa parte da vida dela nas 416 páginas do livro. Tenho que confessar que senti falta de conhecer a imperatriz quando ela estava mais nova quando com apenas 15 anos se casou com o imperador. O livro inicia com ela morando Budapeste (Hungria), bem longe de Viena a capital onde seu marido o imperador Franz Joseph vive com seus dois filhos mais velhos. Ali em Gödöllő ao lado de sua filha mais nova Valerie, ela se sente feliz e aliviada por estar tão distante daquela corte tenebrosa de Viena. Ela só conseguia encontrar a paz em cima de um cavalo, cavalgando livre da mesma maneira que foi criada, mas isso não era coisa que uma imperatriz poderia fazer sempre.

“ - Mas minha querida, você agora entende que uma rainha nunca está em qualquer missão que não seja oficial.” Pág: 263

Sissi, resolve voltar para Viena depois que recebe uma carta de sua filha Gisela dizendo que seu filho Rudy estava sofrendo maus tratos nas “mãos” do seu tutor Conde Leopold Gondrecourt, que deveria torná-lo um grande homem e o futuro imperador. Daí em diante começamos a conhecer os grandes personagens dessa história, como o livro é muito extenso vou falar apenas dos personagens que mais me marcaram.

Sissi, minha história com ela foi de amor e ódio com a personagem. Confesso que achei ela super superficial por amar tanto a sua juventude e beleza. Durante muito tempo do livro ela só pensou nela mesma, nem mesmo na sua preciosa filha Valerie conseguiu fugir do seu egoísmo. No final do livro chorei pela personagem, pois ela própria começou a enxergar suas próprias fraquezas, mas aí já era tarde demais.

Sophie, a sogra malvada, que atrapalhou o casamento de Sissi com Franz Joseph. Que pegou a criação dos três filhos mais velhos, que não deixou a imperatriz nem se aproximar deles. Quando Sophie fica muito doente Sissi fica ao lado da cama da sogra, com seu marido, o tempo todo até a hora do falecimento da mesma.

A pequena Sophie, a filha mais velha, que morreu quando ainda era uma bebê. A morte de sua primeira filha deixou um burraco no coração de Sissi, que não pôde ser preenchido por seus outros filhos. Por isso, ela ficou tão agarrada com sua filha mais nova.

Gisela, a segunda filha, que mal conhecemos durante o livro, pois a mãe quase não teve contato. Mas Sissi confiou muito na filha ao acreditar em sua carta e voltar para corte para tentar salvar seu filho Rudolf.

Rudolf, o príncipe herdeiro, nossa ele sofreu muito na mão de seu tutor quando era criança e acredito que isso afetou de uma maneira que ele nunca mais se recuperou. Para piorar o relacionamento com o pai era zero afetivo e com a mãe mega conturbado. Sissi, se envolveu nos problemas dele quando era criança, mas parece que desistiu de se relacionar com o filho depois que percebeu que só iria se aborrecer e envelhecer se tivesse mais um problema. O quote abaixo me marcou, pois é quando Rudolf conta ao imperador que talvez tenha achado um doutor que poderia ajudar, engraçado que esse doutor não é nada mais nada menos que Freud.

“ - Além do mais, o Dr.Freud tem algumas teorias interessantes a respeito da melancolia. Ele se refere a essa condição como depressão. Ele acredita que é uma doença física, na verdade, e não uma questão de humor. “ Pág: 339

Valerie, a filha mais nova, foi criada pela própria imperatriz. Mas, isso não significa que não sofreu com o egoísmo da mãe. Sissi, deu todo amor possível para sua filha e tentou protegê-la de todos mal. Graças a essa proteção, Valerie é uma das personagens mais legais desse livro. O que mais curti na personagem é que apesar dela não ter tido contato com o imperador, ela admira o pai de uma maneira encantadora.

Franz Joseph, imperador, confesso que foi um dos personagem que mais amei do livro queria tanto ter tido mais detalhes de sua personalidade. Sissi, fala dele com muito admiração e respeito, mas guarda uma mágoa gigante por ele não ter encarado a mãe. Mas, ele aturar tudo que aturou dela e ainda assim ser apaixonado é algo incrível.

“Confio você a Deus, meu anjo amado.” Pág: 392.

O livro tem outros personagens que me encantaram, mas a resenha ficaria enorme e eu estragaria todas as surpresas do livro. O livro é encantador, mas o leitor precisa entender que não vai encontrar um romance de época e sim um romance histórico.

Avaliação:

Ficha Técnica
Título: Sissi
Autor: Allison Pataki
Editora: Gutenberg
Páginas: 416

Comentários

  1. Oi!
    Que bom saber que esse livro não é um romance de época pois pela capa era justamente o que eu imaginava que ele seria e pra minha sorte eu também gosto muito de romances históricos. Os personagens, principalmente a protagonista, parecem ser extremamente bem desenvolvidos e bastante intrigantes principalmente pela relação que eles mantém um com o outro. Parece ser um uma história muito boa e fiquei com muita vontade de conhecer.
    Beijos!

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  2. Iris, tudo bem?

    Adorei tua resenha. Estou com esse livro aqui esperando pra ser lido, e embora eu tenha super me interessado por ele, a sua é a primeira resenha que leio. Nem preciso dizer que depois de tudo o que você escreveu mina vontade só aumentou, né? rs

    Beijo

    Leitoras Inquietas

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  3. Que resenha incrível! Não sabia que era um Romance histórico, pela capa imaginei que era de época! Depois de sua resenha fiquei mais curiosa para ler!
    Beijos :*

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  4. Oi Iris, sua linda, tudo bem?
    Eu gosto tanto de romances épicos quanto de romances históricos. Mas nos históricos, confesso que costumo sofrer mais. Tendem a ser mais densos e trazer como cenário períodos pesados da nossa história. Percebi que esses personagens foram muito bem construídos e possuem tramas muito intensas e bem desenvolvidas. Acho que irei me emocionar muito, principalmente com o que acontecerá com o príncipe. Não vejo a hora de ler. Sua resenha ficou ótima!!!

    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  5. Oi, Iris ^^
    Gostei de você compartilha a diferença entre romances de época e romance histórico, essa informação é vital pois corta pela raiz as críticas que generalizam ambos aos invés de tratá-los como gêneros diferentes que é o que são.
    Sobre Sissi... Acredito que seria uma personagem que eu não iria curtir conhecer, sei que os humanos mudam conforme os anos e as vivências mas ela deixou de lado a criação dos seus filhos por causa de um que se foi, "focou" na casula. Vejo que ela precisava de alguém do seu lado sincero para dizer as burrices que estava cometendo.
    Mas para quem acredita na união da família essa obra é um prato cheio, ao que me parece.
    Parabéns pela resenha e por trazer à tona tal obra. ^^
    Bjs.

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