Oi pessoal! Tudo certinho?
Como vocês sabem as Fadas Literárias fazem parte do grupo Aliança de Blogueiros, e foi através dessa parceria que euzinha (Priscila) tive a oportunidade de ir à cabine de imprensa do mais magnânimo/ o melhor personagem já criado/ que marca a aposentadoria de dois atores que só quem é ultra fã assim como eu da franquia X-men pode imaginar/ o filme mais esperado do ano Logan. Assim, por possuir uma equipe tão completa, elenco extraordinário, uma direção sóbria e profunda como a de James Mangold, e o melhor trio de roteirista que inclui: Michael Green, David James Kelly e Michael GreenScott Frank, já se era esperado um longa sensacional e único, porém posso dizer que todas as minhas expectativas foram imensamente superadas e ultrapassadas a níveis verdadeiramente astronômicos.
Assim, somos introduzidos ao ano de 2024, onde os mutantes estão em declínio, quase extintos e as pessoas não sabem aparentemente o real motivo para essa mudança extrema de cenário. Além desse quadro desigual os espectadores ainda são apresentados a uma nova organização que possui o objetivo de desenvolver, transformar e enfim treinar várias crianças humanas em super soldados mutantes e assassinos frios, que não possui nenhum tipo de sentimento, apenas cumprem ordens como as máquinas, mas muito mais sofisticadas.
Logo Wolverine/James ou até mesmo Logan (Hugh Jackman) como prefere ser chamado atualmente, após muita insistência e pedido do Professor Xavier (Patrick Stewart), passa a proteger dessa organização a jovem e muito poderosa Laura Kinney (Dafne Keen), também conhecida como X-23 e literalmente a versão feminina da fera indomável. Enquanto isso, Nathaniel Essex- o alter-ego Sr. Sinistro/ vilão desse universo da Marvel, planeja então ampliar seu projeto de destruição.
De certo devo admitir que sou só um pouco suspeita quando se trata de filmes, séries e afins que envolva super-heróis, se é que Logan pode ser descrito dessa forma, pois sou fanática por esse universo. No entanto, posso afirmar com absoluta certeza que Logan já é o melhor filme de todos os tempos desse universo das adaptações cinematográficas dos quadrinhos da Marvel ,e ficará na história por retratar um personagem ícone de uma maneira “mais humana”, real, e bem próximo do nosso cotidiano.
O público acostumado com um mutante saudável, jovem e em plena forma pode estranhá-lo de início com o novo visual envelhecido, lento e pouco ágil. Repleto de referenciais, o longa de Mangold conseguiu conciliar e opor em pleno sincronismo presente com o passado e jovialidade com o peso da velhice, tudo para fazer( infelizmente minha opinião por ser uma despedida precoce) todo um rito de passagem do Wolverine (Hugh Jackman) para Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen) - passados 17 anos e nove atuações nesse papel chega a triste despedida de Jackman.
Dessa maneira, toda produção é baseada na minissérie de quadrinhos “Velho Logan” e antes que o apedrejem por “infidelidade”, vale recordar que tudo não passa de adaptação e que a mesma desde o princípio em 2000 segue essa linha. Além disso, é importante lembrar que a X-23, por sua vez, surgiu na série animada e, devido ao grande sucesso, migrou como nunca esperado para versão em quadrinhos, sendo então retratado nas telonas.De fato, tudo isso é confuso para aqueles que não acompanham de perto como os fanboys de plantão, mas todo o processo foi tão criativo que nem precisa de uma explicação mais aprofundada. Outro curiosidade é o codinome da pequena Laura, que por ser a 23ª tentativa de se criar um novo guerreiro(a) feito de adamantium, caba por ser chamada de X-23 por seus perseguidores.
O filme, diferentemente de muitos da franquia de X-men, não possui tantos efeitos pirotécnicos e cenas de ação, porém é mais profundo, humanizado e totalmente psicológico. De forma a apresentar por vezes um tom de amargura, de desesperança e completa falta de alternativa como se “a luz no fim do túnel” não existisse nessa fase crítica da vida. A história é tão verdadeiramente narrada que em muitos momentos me peguei compartilhando esses sentimentos com o personagem. Não que Logan seja retratado como um “Zé banana” amolecido, de modo algum, mas acabei por me sentir muito entristecida com essa despedida de Hugh Jackman.
A personalidade bipolar e a falta de sentimentalismo de outros filmes de Wolverine acabaram por ficarem distantes, e apesar de não novidade para o grande público, quando esse seu lado sentimental é revelado eu ( Priscila) senti laços eternos sendo formados. Por outro lado, a introdução Dafne Keen como Laura Kinney / X-23 foi muito aclamada, genial e considerada um grande trunfo para esse universo. Ao estilo Logan de ser ou melhor “ tal pai, tal filha” Laura é ao mesmo tempo acuada, introspectiva, anti-social e violenta como seu predecessor, e logo passa a despertar com seu jeito fera adorável de ser o mais profundo carinho e apreço do público .
Sem sombras de dúvidas esse capítulo final memorável ficou cravado na mente e corações dos fãs e ainda conseguiu demonstrar um gênero por completo diferenciado, identificável e sofisticado, seja tanto pelo roteiro como direção e atuação envolvente, sem aquele rótulo pré-definido. Por fim, dou-lhes um conselho cinéfilos de plantão, fanáticos e afins, corram o mais rápido que conseguirem, preparem a pipoca gigante e segurem na poltrona, pois um verdadeiro espetáculo irá começar. Bom filme!
Ficha Técnica:
Data de lançamento: 2 de março de 2017 (Brasil) 2h 21m
Direção: James Mangold
Produção: Twentieth Century Fox
Produtora: Marvel Entertainment
Roteiro: Michael Green, David James KellyMichael, GreenScott Frank
Trilha sonora: Marco Beltrami
Equipe técnica: Montador chefe- Michael McCusker; Supervisor de efeitos visuais- John Berrie
Gênero: Ficção científica/Drama
Distribuidor brasileiro (Lançamento): Fox Film do Brasil
Nota: 10.0, cinco estrelas em absoluto
Elenco: Hugh Jackman -Logan
Patrick Stewart - Charles Xavier / Professor X
Boyd Holbrook- Donald Pierce
Stephen Merchant- Caliban
Richard E. Grant-Dr. Zander Rice
Eriq La Salle- Will Munson
Elise Neal- Kathryn Munson
Dafne Keen- Laura Kinney / X-23 entre outros
Trailer:
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