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Starr Carter é uma adolescente negra de 16 anos que, ao voltar de uma festa, presencia o assassinato de seu amigo de infância, Khalil, por um policial branco. Depois desta noite traumática, ela é forçada a testemunhar no tribunal, pois era a única que estava presente no ato do crime. Como mora em um bairro marginalizado e comandado por um traficante muito influente, ela começa a sofrer ameaças por parte dele, pois o menino morto vendia drogas, e ela poderia acabar “falando demais” sobre os esquemas do tráfico para a polícia. Apesar das ameaças, Starr sabia que para defender a honra de seu amigo, e dos inúmeros mortos todos os dias pela violência policial contra negros nos Estados Unidos, poderia usar a arma mais poderosa dada ao ser humano, a voz.
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Devo enaltecer a atuação de Amandla Stenberg, ela fez um trabalho excepcional, conseguiu transparecer todas as emoções com uma clareza absurda, nos emocionando durante todo o filme (eu chorava de 5 em 5 minutos por causa dessa garota). Com toda a crítica social que o filme carrega, ele te faz refletir sobre seus próprios privilégios, e te dá 5 tapas na cara por minuto. Além de denunciar e explicar a apropriação cultural de uma forma bem didática, mostrando o comportamento dos alunos na escola que Starr frequenta, localizada em um bom bairro, longe do ‘bairro dos negros” .
“A Starr da Williamson não usa gírias; se é algo que um rapper diria, ela não diz, mesmo que os amigos brancos digam. As gírias o tornam descolados. As gírias a tornam “daquele jeito”. (...) Basicamente, a Starr da Williamson não dá motivo para que alguém a chame de garota do gueto.”
Uma coisa que reparei foi a direção de fotografia (nunca pensei que falaria essa frase em toda a minha vida). Para diferenciar o bairro periférico e a escola de classe alta, foram usados filtros diferentes. As cores nas cenas da escola, eram mais azuladas e frias, já no bairro, foi utilizada uma paleta com tons mais amarelados, nos trazendo um ambiente um pouco mais quente e familiar. Isso serviu para nos mostrar o contraste entre os dois lugares e as classes que dominam cada um.
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O Ódio Que você Semeia é um filme tão importante que deveria ser exibido nas escolas, assim como o livro deveria estar nas estantes de suas bibliotecas. Ele também deveria estar disponível em grande parte dos cinemas do Brasil, o que, infelizmente, não vai acontecer. Então, se você mora em alguma capital brasileira ou tem acesso a algum cinema que esteja exibindo esse filme, vá e aproveite, pois infelizmente, está sendo um “privilégio” para poucos.
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