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Nada escapa a Lady Whistledown - Resenha

E aí galera, como vão as leituras de 2020?!

Essa vida adulta me impede de ler tanto quanto eu gostaria, então decidi colocar a meta de 2020 mais realistas este ano, um livro por mês. Torçam por mim! Então vamos para a resenha.

Lady Whistledown já saiu de mera observadora sendo a lendária colunista de fofocas da série Os Bridgertons de Julia Quinn, para personagem principal em um dos livros da mesma série, mas a personagem fez tanto sucesso que se tornou uma das queridinhas dos leitores e ganhou uma antologia, em Lady Whistledown Contra-Ataca Julia Quinn se une a mais três autoras de época, Mia Ryan, Karen Hawkins e Suzanne Enoch, para criar uma maravilhosa obra literária, cuja resenha vocês podem ler aqui.

Nada escapa a Lady Whistledown conta com a mesma temática, sendo composta por quatro contos curtos, cada um escrito por uma autora, um dos pontos interessantes desta obra é que todas as narrativas acontecem simultaneamente, por isso é comum ver os personagens se esbarrando (às vezes, literalmente), e observar a mesma cena em contextos variados, e quem não deixa nada escapar, é a nossa queridíssima Lady Whistledown, que inicia cada capítulo com sua crônica.


Um amor verdadeiro de Suzanne Enoch
"... Lady Anne Bishop foi vista fazendo anjinhos na neve na companhia de sir Royce Pemberly, que, não podemos deixar de observar, não é seu prometido…"
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 24 de janeiro de 1814
Pág.: 11

Nossa protagonista Lady Anne Bishop está prometida ao marquês de Halfrust desde os seus 3 anos de idade, no entanto, o seu futuro marido nunca se deu ao trabalho de sequer ir conhecê-la. Enquanto isso Anne tem vivido feliz, indo a bailes, orquestras e passeando com seus amigos, em um acontecimento inusitado seu nome vai parar nas Crônicas de Lady Whistledown, que dá uma alfinetada no marquês, fazendo com que ele finalmente saia do interior e vá a Londres desposar sua noiva. Apesar de ficar surpresa por seu prometido não ser um careca, barrigudo e baixinho como sempre imaginou, Lady Anne não é mulher de abaixar a cabeça, e deixa claro ao marquês que depois de seu tratamento para com ela nos últimos 19 anos, sem nem ao menos escrever uma carta, ela não ia simplesmente se casar e ir para Yorkshire. Ao se deparar com aquela mulher de personalidade forte e tanta convicção, ela o intrigou e ele resolveu dar o braço a torcer. Afinal, seria bem interessante cortejar sua própria noiva, ainda mais ao descobrir que a queria. O problema é que apesar da vantagem do compromisso firmado, ele não é o único a desejá-la.


Dois corações de Karen Hawkins
“Esta autora não os considera um casal improvável - afinal, a Srta. Pritchard tem a reputação de ter grande fortuna, e certamente sua personalidade não carece de atrativos (apesar de suas óbvias excentricidades). Mas não se pode negar que já é um pouco mais velha que a média das debutantes; na verdade, é mais velha do que lorde Durham.”
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 26 de janeiro de 1814
Pág.: 87

Aqui vemos uma protagonista realmente a frente do seu tempo, Srta. Elizabeth Pritchard perdeu os pais ainda criança e descobriu logo cedo que conhecimento é liberdade, aprendeu tudo que podia com seus tutores até assumir o total independência e controle de sua fortuna. Agora, aos 31 anos, sente que falta algo a mais em sua vida e decide se casar. Sua amiga Margareth e o irmão Royce a amam e ficam apreensivos que a amiga acabe nos braços de um caça dotes, e por isso a anos eles afastam (sem que ela perceba) qualquer pretendente que não considerem adequado. Entretanto, lorde Durham, apesar de enfadonho, não parece ter nada de errado. Então a amiga decide ajudá-la a conquistar o lorde, e pede ajuda ao irmão. Mas Royce Pemberley luta desesperadamente para encontrar algo que afaste Liza e seu lorde. Por que será?!


Em Uma dúzia de beijos de Mia Ryan
“Lorde Darington parece ter dispensado todo e qualquer vestígio de bom comportamento e etiqueta. Ao encontrar a Sra. Featherington no Piccadilly na semana passada, informou-a de que parecia haver um pássaro morto em sua cabeça. (Esta autora, excepcionalmente, se abaterá de comentar sobre a desafortunada escolha de chapéu da Sra. Featherington).”
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 2 de fevereiro de 1814
Pág.: 202

Lady Caroline Starling é uma dama da alta sociedade, sabe exatamente o que esperam dela e como se comportar. Mas junto com essa estranha temporada de inverno veio a perda de seu controle emocional. Ela ia se casar, deveria estar feliz, empolgada, planejando cada detalhe, mas Caroline só chorava e chorava, não parecia ter hora e nem lugar. E foi assim, no meio da perda do seu decoro, soluçando atrás de uma palmeira no teatro que surge um braço oferecendo um lenço, e o dono do braço era muito bonito, com covinhas, e assim só olhando no fundo dos olhos dela e sem dizer uma palavra, ele a ajuda, beija sua mão e vai embora. Só que o dono daquelas lindas covinhas, era ninguém mais, ninguém menos do que Lorde Darington, o homem que despejou ela e sua mãe da casa que havia sido seu lar por toda a sua vida, sem nem mesmo olhar nos olhos delas, ao assumir o título após a morte do seu pai. Então, agora além do choro descontrolado, Caroline também sentia raiva.


Em Trinta e seis cartões de amor de Júlia Quinn
“Há tanto a ser dito sobre o baile oferecido por lady Trowbridge, em Hempstead, que esta autora não teria como contar tudo em só uma coluna. Entretanto, talvez o momento mais impressionante da noite - alguns diriam o mais romântico - tenha sido quando o honorável Clive Mann-Formsby, irmão do sempre enigmático conde de Renminster, tirou a Srta. Susannah Ballister para dançar.”
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 17 de maio de 1813
Pág.: 235

Em maio de 1813, Susana Ballister conheceu o homem dos seus sonhos. Tudo era lindo, o sol era mais brilhante, o romance estava no ar, o cortejo com som de sinos de igreja. Então, seu pretendente compra uma aliança e faz o pedido, a outra mulher.
Susana sentiu seu mundo desmoronar, nunca se sentiu tão humilhada, tão traída. Mas o tempo de se esconder e lamentar tinha acabado, a temporada seguinte começou um pouco mais cedo devido ao estranho inverno que congelou o Tâmisa, e ela sentia que havia congelado ela também. Mas estava presa a uma nova temporada, encontrando o feliz casal em bailes, aguentando olhares de pena nos cantos do salão, e principalmente os comentários da sociedade. Vendo a situação, o conde de Renminster acredita que cabe a ele ajudá-la, depois da forma terrível como seu irmão a tratou, mesmo que tenha apoiado a escolha de Clive, e acredite que Susannah não era mulher certa. O que vai acontecer entre a desconfiada Susannah (e com razão), e o enigmático Conde de Renminster?


Assim como no livro anterior, você vai dar boas risadas e se encantar com os contos dessas quatro maravilhosas autoras, e é claro com a coluna da nossa querida e inesquecível Lady Whistledown.

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Avaliação                                                                                                                          Ficha Técnica
Título: Nada escapa a Lady Whistledown
Autor(as): Julia Quinn, Mia Ryan, Karen Hawkins e Suzanne Enoch
Editora: Arqueiro
Páginas: 320

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