Apenas ela, apenas ele. Exatamente como deveria ser; nenhuma outra vida perdida além das deles, nenhuma alma maculada além da dela. Seria preciso um monstro para destruir um monstro.
Pág.: 13
Antes de mais nada devo dizer que foi muito difícil escrever essa resenha. Por que? O livro é enorme, e acontece tanta coisa e envolve tanta gente que não sei se serei capaz de corresponder a maestria da minha querida Sarah.
Antes de se tornar a Assassina de Adarlan, Celaena Sardothien era Aelin Ashryver Galathynius a princesa herdeira de Terrasen. Ela jamais imaginou se tornar a campeã do tirano que invadiu sua terra e dizimou sua família, no entanto o destino tem um jeito tortuoso de colocar as coisas nos "eixos". Em Herdeira do Fogo Celaena/Aelin busca a ajuda da Rainha feérica Maeve, uma "tia" que sua mãe fez de tudo para manter afastada, somente ela poderá ajudá-la a descobrir mais sobre as chaves de Wyrd, como destruí-las e finalmente derrotar o Rei de Adarlan, então cumprir a promessa que fez a amiga. Libertar seu povo!
Maeve sabia de tudo - como se esperaria de alguém mais velho que a terra.
Pág.: 13
Tendo recebido pouco treinamento dos seus poderes e tendo vivido a maior parte da vida em Adarlan, onde a magia foi extinta, ela não teve acesso aos dons que nasceram consigo. Mas a Rainha Feérica não vai recebê-la até que a ache digna, e por isso ela precisa treinar com o príncipe Rowan, um guerreiro implacável com séculos de experiência e nenhuma paciência para ser babá.
O problema é que ela sempre teve medo de seu poder, ele é grande e na sua infância mal aprendeu a controlá-lo, com Arobynn ela aprendeu a odiar e suprimir essa herança, agora ela precisará libertar seus demônios.
O livro é grande, mas muito bem estruturado, ele intercala entre os vários personagens:
Celaena e Rowan, seu treinamento e descobertas avassaladoras; Em alguns momentos tive raiva das atitudes dela, e precisei me lembrar de que apesar de tudo que é capaz de fazer, ela é muito jovem e já passou por muita coisa, apesar do seu amadurecimento ela continua a ser Celaena, arrogante e com uma língua afiada. Mas Rowan também não é de brincadeira, e se alguém pode colocar essa “menina mimada” no lugar dela, é ele.
- Minha tia me deu uma tarefa mais difícil do que ela imagina, creio. - Minha tia, não nossa tia.
Então Celaena falou uma das piores coisas que já havia proferido na vida, deleitando-se no ódio daquilo.
- Feéricos como você me fazem compreender um pouco mais as ações do rei de Adarlan, acho.
Mais rápido do que conseguiu sentir, mais rápido do que qualquer coisa tinha o direito de ser, Rowan a socou.
Pág: 64
Dorian Havilliard e Chaol Westfall, o que falar desses dois. Dorian ainda é o Dorian, lindo, doce e tentando entender seus recém descobertos poderes, querendo enfrentar o pai, mas se sentindo impotente. Chaol continua leal como sempre, mas quando descobre sobre Aelin, fica sem saber em quem confiar, e acaba encontrando uma “aliança” inesperada. O que mais me irritou é que os dois são grandes amigos, Chaol abriu mão de seu título para servir ao Rei e futuramente a Dorian, mas ainda assim os dois ficam nesse limbo da amizade, abalada e desestruturada.
- Por que realmente a mandou para Wendlyn?
Ansiedade tomou conta dele, crua e lascinante. Mas por mais que quisesse contar ao amigo sobre Celaena, por mais que quisesse descarregar todos os segredos para que preenchesse o vazio fundo do corpo, não podia. Então apenas respondeu:
- Eu a enviei para fazer o que precisa ser feito - Em seguida caminhou de volta pelo corredor. Dorian não o deteve.
Pág.: 35
Manon Bico Negro, uma bruxa bela e cruel que mostra o desenrolar dos planos malignos do Rei. Manon é a líder das Treze, um grupo de bruxas do clã Bico Negro. Os três clãs de bruxas dentes de ferro recebem uma proposta do Rei de Adarlan. Elas devem treinar e criar um exército para lutar a favor dele, para ao final recuperarem seus domínios amaldiçoados.
Manon nascera sem alma, dissera a avó dela. Sem alma e sem coração, como uma Bico Negro deve ser. Era maligna até os ossos. Mas as pessoas naquelas carruagens, e o duque, tinham um cheiro errado.
Pág.: 69
Aedion Ashyver, primo de Celaena e com sua devastação é um dos generais mais temidos do Rei; Ele é capaz de tudo e não tem medo de se sujar.
Se ele soubesse que Aelin ainda estava viva, se soubesse quem e o que havia se tornado, ou o que aprendera sobre o poder secreto do rei, será que ficaria ao lado dela, ou a destruiria?
Pág.: 34
Sarah conecta muito bem cada livro, para quem já leu
A Lâmina da Assassina (resenha em breve) preste atenção :D no decorrer de todos os livros ela deixa brechas que as vezes não notamos, e só depois percebemos a genialidade por trás.
A escrita da autora nos permite conhecer e embarcar no coração de cada personagem, seus temores e sua força, sua fé e sua descrença, e por isso mesmo a momentos em que você os odeia e se irrita, mas no final os ama, cada uma dessas peculiaridades fazem essa ser uma história de tirar o fôlego.